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Ayana Odara, 19 anos, de Belo Horizonte, foi selecionada para participar de um projeto chamado Empoderando a América Latina, no México, que é uma formação para jovens com o intuito de contribuir para melhorar as condições de vida na América Latina. 

Para viabilizar sua participação e pagar sua passagem, Ayana lançou uma campanha de financiamento coletivo na internet, que você pode conferir aqui
 
O Fundo ELAS conversou com Ayana sobre o projeto para o qual foi selecionada e sobre sua militância no Brasil. “Eu espero que essa experiência possa me proporcionar um fortalecimento e a aprendizagem de novas estratégias. O cenário atual é de um enorme retrocesso não só no Brasil. Espero que nós participantes, enquanto jovens, possamos elaborar estratégias para resistir e fortalecer nossa comunidade na conjuntura e que possamos também nos fortalecer”, diz Ayana.
 
Confira a entrevista completa:
 
O que é o Empoderando a Latino América e por que você se candidatou?
 
O Empoderando a Latino América é um projeto que visa uma América Latina plural, democrática e inclusiva com oportunidades iguais e condições ideais de vida para todos os seus habitantes onde diálogos construtivos, cooperação, solidariedade, e compreensão cultural prevaleçam e onde jovens são sensíveis e críticos a realidade social, econômica, política e ambiental de seus meios; onde jovens são comprometidos com o bem estar das pessoas e do ambiente que os cerca; onde trabalhem ativamente e coletivamente com o objetivo de lutar pelo desenvolvimento social de suas comunidades, países, e da região inteira. Um desenvolvimento baseado na justiça, igualdade, sustentabilidade, respeito e promoção dos direitos humanos de todos, e o cuidado e proteção do meio ambiente. 
 
Durante um mês, 35 jovens de 16 a 24 anos selecionados de toda a América Latina participam de uma formação focada nesses princípios em âmbito latino americano e mundial. Todas as atividades serão realizadas a partir da vivência já adquirida de cada jovem, assim, eles estarão participando de oficinas que possam realmente contribuir na luta já realizada por eles em seus países. 
 
Por acreditar fortemente nos valores defendidos pelo projeto e por defender que a formação é uma troca, me inscrevi a fim de que possa aprender outras abordagens de luta e compartilhar também as estratégias que utilizo no meu país com o intuito de criar novas redes coletivas. Penso que é uma oportunidade enorme para a formação, mas também um início de uma luta ampliada por toda a América Latina que mesmo estando próxima é em alguns momentos desconectada. É preciso nos fortalecer! 
 
Como você, enquanto jovem negra feminista, vê o fortalecimento de iniciativas de jovens feministas nos últimos anos e a maior visibilidade de suas pautas e lutas?
 
Nos últimos tempos vivemos essa Primavera Feminista onde a luta pelos direitos das mulheres tem crescido e se fortalecido internacionalmente e por diferentes frentes. Penso que com o avanço da tecnologia e essa facilidade para a comunicaç&atil