O contexto atual nos desafia todo dia a criar novas alternativas para seguirmos adiante. Com coragem e determinação, transformamos nosso Diálogo presencial em amplas conversas virtuais. A metodologia deste ano foi “Conversando nas janelas” e foi assim que ampliamos nossos horizontes.
Saíram das janelas também as borboletas ou estrelas que fazem parte do nosso novo nome, ELAS+, que aliás foi apresentado na abertura do Diálogo Online pela nossa Presidenta do Conselho, Helena Theodoro, e pela nossa Coordenadora Executiva, K.K. Verdade. As estrelas voaram com força, como voam as mulheres por determinação e resiliência para continuarmos nossa luta por direitos. Aprendemos muito nas janelas falantes, gritantes, risonhas! E mais do conversar, vivenciamos que somos mais! Grupos e organizações de ativistas negras, indígenas, quilombolas, trabalhadoras domésticas, trabalhadoras do sexo, lésbicas, bissexuais, mulheres e homens trans, mulheres com deficiência, mulheres de terreiro, de favelas e periferias, do campo, das cidades, das florestas. Ativistas jovens e outres jovens há mais tempo…
Os encontros aconteceram por quatro dias: 01,02,05 e 06 de julho de 2021. A programação completa, os temas e participantes das rodas de conversas, oficinas e painel foram disponibilizados num site exclusivo para que todes ficassem informades sobre as salas e os temas.
As salas criadas para o Diálogo receberam nomes de homenageados: Sala Marielle Franco e Sala João Nery. Foram 30 horas de conversas nas janelas que contaram com participantes de vários países de três continentes: América, Europa e África.
Conversamos sobre Pandemia, COVID 19, Desigualdade e Pobreza; Ativismo Antirracista; Violência de Gênero, Violência Doméstica e Feminicídios; Defesa da Terra e Territórios; Mobilidade, Capacitismo e Segregação Territorial; Participação Política e Eleições; Direitos LBT+; Justiça Climática, Meio Ambiente, Saberes do Campo e da Floresta; Ativismo e Saúde Mental e sobre Alianças e Ação Coletiva.
Além disso, tivemos duas oficinas temáticas sobre Segurança Digital, Lei de Proteção de Dados, Comunicação e Teletrabalho e Tecnologia. E ainda tivemos um painel com financiadores sobre “Onde estão os recursos para os ativismos de mulheres e pessoas trans?”
Recriamos, a “hora dos cafezinhos e almoços” em um aplicativo de conversa on-line, estimulando trocas, relacionamentos e a importante formação de alianças.
O ELAS+ contou com o apoio de tradutoras de Libras e de Inglês e na área de tecnologia. Agradecemos muito a todes que auxiliaram as “Conversas nas janelas”. Foi possível aprofundar os temas em diálogo e avançar em alianças e ação coletiva.
Lideranças de grupos de mulheres e pessoas trans de todo o Brasil compartilharam seus desafios durante a pandemia e contaram como encontraram soluções para não parar. Todes valorizaram o recurso que foi flexibilizado pelo ELAS+ e como ele possibilitou autonomia no atendimento às necessidades emergenciais humanitárias e viabilizou dar passos importantes para o apoio institucional. As organizações e grupos sentiram os problemas criados pela pandemia, além da conjuntura brasileira.
Para se ter uma ideia em números, só na roda de abertura estavam reunides mais de 250 participantes.
Foram mais de 300 ativistas, representando cerca de 150 grupos e organizações dos mais diversos, de todas as partes do Brasil, mostrando sua resistência, falando do seu ativismo, da defesa da democracia e da promoção de transformações.