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“Aprendemos que mulheres e homens podem ter direitos iguais. Somos índias e fazemos o que for de nossa vontade”. O depoimento integra a campanha Mulheres Indígenas contra o Preconceito, uma iniciativa das meninas indígenas da Escola Estadual Indígena Pankararu Ezequiel, localizada na aldeia Brejo dos Padres, dentro do município de Tacaratu, em Pernambuco. 

A campanha é resultado de uma oficina de Mobilização em Redes Sociais que é uma das atividades do LabElas: mídias digitais e software livre na Escola Estadual Indígena Pankararu Ezequiel, projeto da Associação das Mulheres Indígenas Guerreiras de Pankararu apoiado no ELAS nas Exatas.
 
“A gente passou duas semanas refletindo sobre o lugar de fala da mulher indígena: quem tem falado por elas afinal? E quando a gente se deu conta de que os conteúdos que circulam por aí não correspondem com a realidade das mulheres Pankararu (e cada povo possui suas próprias especifidades) passamos a produzir nossos próprios conteúdos que vêm justamente para quebrar todos os estereótipos de gênero e raça que colocam sobre as mulheres indígenas” explica Fernanda Martins, uma das coordenadoras do projeto. 
 
O LabElas: mídias digitais e software livre na Escola Estadual Indígena Pankararu Ezequiel promove capacitações em web-rádio, produção de conteúdo, etnojornalismo, uso de redes sociais, software livre, fotografia digital e produção de vídeo com jovens indígenas de Tacaratu, Pernambuco. É um dos 10 projetos atualmente apoiados no II Edital ELAS nas Exatas, parceria entre Fundo ELAS, Instituto Unibanco, Fundação Carlos Chagas e ONU Mulheres que visa aproximar meninas das ciências exatas e tecnologias.