PT | EN | ES

No mês de outubro, os grupos apoiados através do Projeto LBT do ConMujeres (Consórcio dos Fundos de Mulheres da América Latina e do Caribe) estiveram reunidos na Guatemala para avaliar os dois anos de atividades. Na ocasião, as mulheres de diversas partes do Cone Sul tiveram a oportunidade de trocar experiências e compartilhar reflexões.

“A participação nos trouxe um panorama do movimento na América Latina e América Central diferente do que eu pensei encontrar. Observei que em alguns aspectos estamos muito mais avançadas do que outros países, como construção de políticas publicas, tanto regionais como nacionais”, comentou Rosangêla Castro, do Grupo de Mulheres Felipa de Sousa.
 
Ela destacou ainda que o evento foi importante para conhecer as deficiências do movimento latino-caribenho e perceber que a situação também é vivenciada no Brasil, como a lesbofobia internalizada, o racismo, a falta de discussão das questões raciais e a dificuldade na discussão tanto da bissexualidade como nas questões das trans.
 
“Senti a necessidade de avaliarmos de que lugar estamos falando enquanto feministas e em quais feminismos estamos inseridas. Achei muito importante ainda olhar para quem nos financia. Só com esta política de intercâmbio vamos conseguir conhecer quem somos, onde estamos, o que queremos e como vamos efetivar as mudanças propostas em nossos projetos”, destaca Rosângela.
 
Para Beth Fernandes, do Fórum de Transexuais do Estado de Goiás, o seminário do ConMujeres foi um importante momento de renovação de forças sobre ativismo e militância. “Ao ouvir e conhecer pessoas e novas formas de ativismo, pude renovar minhas forças. Hoje faço planos e comecei a pensar em novos projetos como: uma campanha  de despatologização  de gênero, na qual podemos ver pessoas sem rotulá-las”, finaliza.
 
Fotos: Mulheres Rebeldes