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Nos dias 30 de setembro e 01 de outubro, dez grupos apoiados no XIII Concurso de Projetos, que tem como tema a autonomia sexual e os direitos sexuais e reprodutivos, estiveram reunidos no Rio de Janeiro. O encontro focou as estratégias de comunicação que serão utilizadas nos projetos e buscou trazer reflexões e sugestões inovadoras.  

“O momento mais importante foi a elaboração de propostas conjuntas entre organizações com temáticas ou projetos parecidos. Isso agregará muito mais força ao nosso trabalho conjunto e, evidentemente, para a divulgação dos resultados dos projetos”, destaca Fabiana Paranhos, da ANIS.
 
Desenvolvida com o apoio da Fundação Ford, a iniciativa permitiu a  troca de experiências e conhecimentos entre os grupos e a elaboração de estratégias conjuntas, além de valorizar o intercâmbio durante a execução dos projetos. O evento trouxe apresentação de Márcio Schiavo, doutor em Comunicação Social, que destacou alternativas para abordar os direitos sexuais e reprodutivos na grande mídia.
 
“O fato de termos de traduzir nossas idéias para linguagens mais acessíveis, se queremos nos comunicar com os diferentes segmentos que compõem a sociedade, foi um ponto importante. Não podemos nos ater aos jargões e ao "feministês", temos de dialogar com toda a sociedade de forma mais eficaz”, ressalta Valéria Melki Busin, de Católicas pelo Direito de Decidir.
 
Outro ponto alto foi o diálogo com as comunicadoras que reuniu Nádia Rebouças, especialista em Comunicação, Iara Cruz, jornalista, Pamela Oliveira, repórter do jornal O Dia, e Patrícia Zaidan, editora da Revista Cláudia. As profissionais contaram suas experiências para os grupos e apresentaram novos olhares de como o tema pode ser abordado.
 
“Em um debate franco, que incluiu depoimentos pessoais das convidadas, pudemos refletir um pouco sobre as controvérsias que se apresentam na mídia, em nossas próprias estratégias e na sociedade, no contexto atual.  Enxergamos limites sem esmorecer frente aos desafios, valorizando e nos apropriando do que fizemos até hoje como movimento”, finaliza Paula de Andrade, do SOS Corpo.