O Fundo ELAS anuncia os projetos selecionados em seu XX Concurso de Projetos, o Elas nas Exatas. Resultado de uma parceria inédita com o Instituto Unibanco e a Fundação Carlos Chagas, o Concurso Elas nas Exatas tem o objetivo de contribuir para a redução do impacto das desigualdades de gênero nas escolhas profissionais e no acesso à educação superior das estudantes. O Fundo ELAS inova com essa iniciativa, expandindo sua atuação para as escolas, que são um espaço estratégico na promoção da equidade e da transformação. É a primeira vez que o ELAS lança um concurso com foco em educação e ciências exatas e tecnologias.
Foram selecionados 10 projetos que serão realizados com alunas de ensino médio de escolas públicas e voltados para estimular as meninas a se envolverem com as ciências exatas e tecnologias, sensibilizando a gestão escolar. Oficinas de circuitos elétricos, aula-performance sobre mulheres cientistas, capacitação em robótica, programação com software livre, produção de webseries sobre a atuação de mulheres negras na história das ciências, criação de peixes e hortaliças com uso da técnica da aquaponia e capacitação na área automobilística através do desenvolvimento de um veículo são algumas das ações previstas nos projetos aprovados. Cada projeto receberá R$30 mil.
Diversidade de propostas e proponentes
Lançado no dia 03 de agosto, o concurso recebeu 173 propostas de todo o país. Organizações de 24 estados se candidataram. Recebemos projetos de Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
O perfil das proponentes também foi diversificado. Grupos de mulheres, organizações feministas, universidades, caixas escolares, associações de pais e mestres e outras organizações atenderam à chamada de projetos.
“Estamos surpresas com a grande quantidade de projetos recebidos e muito animadas porque o tema da inclusão das meninas nas exatas está presente na sociedade brasileira. Por outro lado, estamos preocupadas porque parece que a exclusão das meninas dessas áreas acontece em todas as regiões do país, nas capitais e nas cidades do interior, e certamente aponta para uma das fronteiras que as brasileiras precisam ultrapassar”, diz K.K.Verdade, coordenadora executiva do Fundo ELAS.
Participaram do comitê de seleção conselheiras do Fundo ELAS, representantes dos parceiros Instituto Unibanco e Fundação Carlos Chagas e especialista da área de ciências exatas. Os projetos foram avaliados segundo critérios como: pertinência em relação à proposta definida pelo edital, adequação da metodologia, adequação da aplicação dos recursos, viabilidade técnica, amplitude dos efeitos na comunidade escolar, inovação, ações comunicativas, impacto social local, promoção de diálogos com a sociedade e potencial de replicabilidade.