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A plenária de abertura do 9º Congresso GIFE reuniu especialistas em diversas áreas dos estudos sociais. Maria Alice Setubal, presidente do conselho consultivo da Fundação Tide Setubal; Átila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil; Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco, e Oscar Vilhena, diretor da FGV Direito SP, reuniram-se para discutir a pauta “O Brasil que temos, o Brasil que queremos. Visões a partir da política, justiça e sociedade sobre a conjuntura atual”.

“Depois de 9 congressos, o GIFE realiza uma plenária de abertura colocando sobre a mesa a importância de investir nos direitos humanos, fala de um Brasil desigual, da morte dos jovens negros nas mãos da polícia, da inequidade de gênero, sobre o importante valor que democracia tem para a sociedade brasileira, sobre os avanços que o país conquistou desde a Constituição de 1988 até hoje. De diferentes maneiras, os três comentaristas sobre a conjuntura atual do Brasil destacaram a importância de investir em justiça social. E também provocaram os investidores sociais para quem seja ousados e arrisquem, invistam mais nas organizações da sociedade civil do que em criar suas próprias iniciativas”, diz Amalia Fischer, coordenadora geral do Fundo ELAS.

 
“Vale a pena comentar que as três pessoas que falaram fazem parte, a partir de diferentes espaços, do Fundo Brasil de Direitos Humanos, como doadores, fundadores e parte da diretoria. O fato de tê-los na mesa de abertura fortalece os fundos de justiça social, que durante quase 16 anos vêm dialogando com o investimento social privado”, acrescenta Amalia.
 
A necessidade de recompor as relações entre os interesses público e privado no país, criando pontes; a urgência de se reconhecer que o racismo e a violência no Brasil e a importância de os institutos e fundações praticarem a escuta, compreendendo as necessidades da sociedade, foram alguns dos temas abordados.
 
“Para o Fundo ELAS, que tem sido um dos pioneiros no diálogo entre os fundos para a justiça social e investimento social privado, esse foi um momento extremamente relevante, por colocar os direitos das mulheres na agenda do investimento social. Sem deixar de mencionar que o moderador da mesa, Ricardo Henriques, tem impulsionado, dentro do Instituto Unibanco, a criação de duas parcerias tripartites sobre educação e equidade racial e de gênero – sendo esta última com o Fundo ELAS, através do Elas nas Exatas”, completa Amalia.