Amalia Fischer, coordenadora geral do Fundo ELAS, participou do Fórum de Inovação da Aliança Global sobre Gênero e Clima (GGCA), que aconteceu em Marrakesh, no Marrocos, nos dias 12 e 13 de novembro, integrando a programação do COP22, a conferência da ONU sobre o clima.
Amalia viajou a convite da Prospera – Rede Internacional de Fundos de Mulheres, que é associada à GGCA e ofereceu, em parceria com a Wedo (Women’s Environment & Development Organization) uma bolsa para os fundos de mulheres estivessem representados no Fórum.
"O desejo do Fundo ELAS de participar do Fórum se deve ao interesse da instituição em mobilizar recursos para apoiar organizações de mulheres no campo da equidade de gênero e mudança climática. O Fundo ELAS tem uma parceria com o Fundo Socioambiental CASA, com outros fundos de mulheres da América do Sul e com o CFEMEA precisamente para investir nesta área", diz Amalia Fischer.
O objetivo do Fórum foi colocar em diálogo organizações de base, fundos de mulheres, pesquisadoras, estudantes e diversas redes para refletir sobre políticas ambientais que acolham as questões de gênero e trocar experiências sobre melhores práticas para a sua implementação.
"As temáticas foram muito diversas", conta Amalia. "Um dos debates mais interessantes foi o Gender-budgeting for climate policy: Making the budget work for women and girls, onde se desenvolveram e deram todas as informações importantes e necessárias relacionadas com o orçamentos dos países e o que deve ser usados para equidade de gênero e mudança climática, ferramenta importante para que as organizações de mulheres exijam dos governos que cumpram com os acordos assinados e compromissos adquiridos nos acordos das COPs 21 e 22".
"Outro tema abordado no Fórum foi a importância de fazer com que o financiamento para o clima tenha um retorno de 100% de investimento na equidade de gênero. É importante compreender que o financiamento para equidade de gênero e mudança climática é uma questão política, não uma questão tecnocrática de checklist, é também uma questão de direitos humanos. Na medida que existe uma desigualdade entre homens e mulheres, a mudança climática afetará (e afeta) mais mulheres e crianças, mas não se deve ver as mulheres como vítimas. As mulheres têm que ter acesso total e participação igual aos homens na tomada de decisões, assim como alcançar as metas de equidade de gênero através de acesso a recursos e construção de capacidades", destaca Amalia.
Sobre a GGCA – Global Gender and Climate Alliance (Aliança Global sobre Gênero e Clima)
Lançada em 2007, a GGCA tem como missão garantir que as políticas relacionadas com mudança climática, a tomada de decisões, iniciativas a níveis globais, regionais e nacionais estejam alinhadas com a busca pela equidade de gênero, que é crucial para resolver a crise climática. Saiba mais.
Sobre a Wedo (Women’s Environment & Development Organization)
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