Como poderíamos fazer melhor uso do potencial dos Fundos de Mulheres latino-americanos usando o esporte como forma de empoderamento das mulheres jovens? Como o esporte pode ser um aliado na luta contra a violência de gênero?
Essas questões vão nortear a oficina “Diseñando para abordar la violência de género a través del deporte em Latinoamerica”, que a Women Win promove de 11 a 13 de maio na Cidade do México.
Women Win é uma organização global voltada para o empoderamento de meninas através do esporte que desde 2007 gerou impactos nas vidas de mais de 1,24 milhões de mulheres jovens e adolescentes de mais de 100 países. Nessa oficina, a Women Win reúne o Fundo ELAS, o Fondo Semillas (México), o Fondo Centroamericano de Mujeres – FCAM (América Central), a Organización de Mujeres Jovenes de Santa Martha (El Salvador), a Gonzo Soccer and Leadership Academy (México, Estados Unidos e Colômbia) e a organização Mujeres, Lucha y Derechos para Todas – MULYD (México).
O Fundo ELAS, que tem a ampliação do acesso à cultura, à comunicação, à arte e ao esporte como uma de suas áreas de investimento, fará uma apresentação sobre as iniciativas de grupos de mulheres brasileiras que têm apoiado nessa área. Amalia Fischer, coordenadora geral, e KK Verdade, coordenadora executiva, estarão presentes.
“O Fundo ELAS desde a sua fundação tem apoiado grupos que praticam esporte ou usam o esporte como ferramenta para que as mulheres e meninas conheçam seus direitos. Nós apoiamos um dos primeiros encontros das mulheres capoeiristas no Nordeste, quando elas reivindicavam mestres capoeiristas mulheres. Temos apoiado também torneios de futebol em Brasília que eram usados por grupos lésbicos para trabalhar a lesbofobia, o GAMI no Rio Grande do Norte que usa o futebol também, além do Streetfootballworld Brasil. Muitos grupos de mulheres praticam esporte como uma das atividades e ações para recuperar a autoestima e difundir leis e direitos, mas são poucas as que falam que usam essa ferramenta, e é muito importante que comecem a falar sobre como o esporte tem ajudado a transformar a vida das mulheres, que vai além das Olimpíadas ou da Copa do Mundo”, diz Amalia.
“No último concurso recebemos 658 projetos voltados para o fim da violência doméstica, e pudemos selecionar apenas 33. Dos 658 enviados, 14 organizações propuseram trabalhar através do esporte a violência doméstica. Só foi selecionado um grupo de mulheres que trabalha com cultura, esporte e violência doméstica, o Festival Roque Pense, que promove um torneio de skate feminino. Gostaríamos de ter tido mais recursos para apoiar a maior quantidade possível, porque sabemos que essas organizações mistas são muito boas no trabalho que realizam, s&oac