ELAS+ promove lançamento da pesquisa Justiça Climática e Ativismos Feministas
por ELAS+ Doar Para Transformar | 18 de outubro de 2024
Nesta quinta-feira, dia 17 de outubro, o ELAS+ Doar Para Transformar promoveu, com apoio da Rede Comuá, o lançamento da pesquisa Justiça Climática e Ativismos Feministas: Impactos e Soluções. No evento online, foram apresentados dados exclusivos da pesquisa realizada com 1.280 organizações lideradas por mulheres cis, trans e outras transidentidades, em mais de 500 municípios do Brasil, revelando como essas organizações estão respondendo à crise climática e quais soluções vêm implementando em seus territórios.
O Webinar de lançamento contou com a participação de representantes de fundos filantrópicos parceiros, financiadores e ativistas de organizações que atuam no campo da justiça socioambiental e desenvolvimento comunitário. Entre as convidadas, estiveram Alice Amorim (Instituto Clima e Sociedade), Juliana Strobel (Fundación Avina), Esme Stout (OECD – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Yasmin Monteiro (Instituto Ibirapitanga), Vanessa Purper (Fundo Casa Socioambiental), Jonathas Azevedo (Rede Comuá) e Rosilene Souza (Grupo de Mulheres Indígenas Tupinambá – Kuîã Atã). A pesquisa foi apresentada pela diretora executiva do ELAS+, Savana Brito, e pelos pesquisadores responsáveis pela análise, Juliana dos Santos Santana e Shinji Carvalho, que também são ativistas do campo da justiça socioambiental e climática.
A atividade foi transmitida ao vivo pelo YouTube em dois idiomas (português e inglês), e pode ser acessada no canal do ELAS+ Doar Para Transformar.
Sobre a pesquisa
A pesquisa foi elaborada a partir de dados coletados no Edital Mulheres em Movimento 2024: Por Democracia, Justiça de Gênero e Climática, e oferece uma análise dos impactos das mudanças climáticas nessas organizações e dos desafios que enfrentam em suas comunidades. A publicação evidencia as adversidades impostas pela emergência climática e também as estratégias que essas mulheres têm desenvolvido para responder a esses impactos e fortalecer seus territórios.
Confira alguns destaques da análise:
- Mapeamento de mais de 10 categorias de soluções climáticas locais, que vão desde práticas regenerativas de agricultura e soberania alimentar, até o uso de saberes tradicionais para a preservação ambiental;
- A resistência de grupos de mulheres indígenas, quilombolas, e rurais, que estão utilizando seus conhecimentos ancestrais para proteger suas terras, preservar florestas e, ao mesmo tempo, fortalecer suas comunidades contra a violência;
- As inovações propostas pelas organizações urbanas que estão enfrentando os impactos das enchentes, ilhas de calor e outros desastres climáticos, principalmente em áreas periféricas, por meio de soluções baseadas na solidariedade e no cuidado coletivo.