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Agosto é um mês muito especial: marca o aniversário do Fundo ELAS e é o mês da Visibilidade Lésbica, tempo de celebrar a luta das mulheres lésbicas por direitos, uma luta que está na origem, na missão e na história do Fundo ELAS.

Ao longo do mês homenageamos as cinco cofundadoras do Fundo ELAS, todas ativistas feministas lésbicas. O Fundo ELAS nasceu há 18 anos, fundado por Amalia E. Fischer P., Izabel Cristina Ferreira, Madalena Guilhon, Neusa das Dores Pereira e Raquel Martins Silva. A cada semana de agosto apresentamos uma delas em nossas mídias sociais (confira no Facebook e no Instagram).
 
Publicamos também uma entrevista com KK Verdade, coordenadora executiva do Fundo ELAS e ativista feminista lésbica. Para KK, “ter sido fundado por mulheres lésbicas dá ao Fundo ELAS organização uma sensibilidade a mais. Quando a organização olha para o campo das discriminações contra as mulheres, ela tem uma sensibilidade a mais, que foi um presente, um legado das fundadoras lésbicas”.
 
KK Verdade tem uma longa relação com o Fundo ELAS: ela conheceu o Fundo ELAS quando integrava a Coturno de Vênus – Associação Lésbica Feminista de Brasília, que foi um grupo apoiado. Depois disso integrou o Conselho do Fundo ELAS, foi gerente de programas e desde 2014 atua como coordenadora executiva.
 
Celebrando o Dia da Visibilidade Lésbica, KK contou na entrevista sobre sua trajetória como ativista, sobre a relação do Fundo ELAS com o movimento de mulheres lésbicas e também sobre o momento atual de rearticulação e fortalecimento desse movimento no país:
“A gente já transformou muito em termos de visibilidade lésbica e transformação cultural, mas do ponto de vista de políticas públicas ainda tem muita coisa para ser conquistada, muito trabalho para ser feito. Do ponto de vista também da produção acadêmica, o movimento de lésbicas tem muito a contribuir, com os estudos de gênero e feministas, etc e tal. Há muito ainda que se investir nesse campo. Eu tenho visto cada vez mais escritoras, pensadoras lésbicas, tenho visto vários coletivos surgindo no Brasil inteiro, não apenas na capital, mas no interior do país".
 
"É um momento mesmo de rearticulação do movimento. E mesmo chamando de ‘movimento de mulheres lésbicas’, a gente vê que tem muitas identidades lésbicas diversas sendo mobilizadas, tem muitas formas de ser lésbica: pode ser lésbica e ser mulher, pode ser lésbica e não ser mulher, lésbica e negra, lésbica e jovem, lésbica e do campo e da floresta, lésbica e indígena, tem muitos sujeitos políticos dentro dessa identidade lésbica que está se rearticulando nesse século”, diz KK.