Mujeres en movimiento 2023
Diálogo realizado com representantes dos grupos selecionados no Mulheres em Movimento 2022
Com recorde de inscrições, edital selecionou 72 iniciativas de mulheres cis, trans e outras transidentidades de todas as regiões do país.
Publicamos nesta segunda-feira (10) o resultado do Mulheres em Movimento 2023 – por solidariedade, justiça e democracia. A sétima edição do nosso maior edital foi marcada pelo recorde histórico de inscrições: recebemos 1.687 formulários finalizados – quase o dobro do registrado em 2022. Isso representa um crescimento de 94% no número de organizações inscritas.
Selecionar as inciativas contempladas foi um processo desafiador, realizado por um comitê de seleção que passou um mês debruçado sobre as propostas. Após a análise cuidadosa de todos os critérios, foi possível chegar ao resultado de 72 grupos selecionados – um número maior que o incialmente previsto.
Conseguimos aumentar o número de apoios e contemplar mais iniciativas de mulheres cis, trans e outras transidentidades que atuam incansavelmente pela transformação social do país. Para a fundadora e diretora-geral do ELAS+ Doar para Transformar, Amalia Fischer, os números expressivos desta edição são reflexo do novo momento pelo qual o país está passando.
“O edital deste ano trouxe como tema o fortalecimento da democracia, junto com os pilares da solidariedade e da justiça. Isso porque acreditamos que para termos efetivamente uma democracia é preciso fortalecer as organizações da sociedade civil, especialmente os movimentos de mulheres, que foram cruciais para esse momento de renovação dos acordos democráticos que estamos vivendo. O recorde de inscrições mostra como elas precisam ter acesso aos recursos, porque são fundamentais na construção de um Brasil mais justo, solidário e democrático” – Amalia Fischer
Conhecendo os grupos
Mais uma vez, o Mulheres em Movimento mostra sua força e capilaridade, ao receber inscrições de todas as regiões do país. Foram contempladas inciativas de 22 unidades da federação, sendo 27 no Nordeste, 19 no Norte, 16 no Sudeste, cinco no Centro-Oeste e cinco no Sul país.
Sobre o perfil das lideranças, 75% dos projetos selecionados são conduzidos por mulheres que se autodeclararam negras. Há ainda 30 lideranças da comunidade LBTI+, 16 lideranças indígenas e 11 projetos liderados por pessoas com deficiência. Esses dados possibilitam a observação da interseccionalidade na prática e revelam a atuação plural das mulheres nos respectivos territórios.
A diversidade também está presente nos temas e nos públicos alcançados pelos projetos selecionados. Há trabalhos voltados para a população negra, indígena, povos tradicionais, imigrantes, lésbicas, pessoas com deficiência, trabalhadoras sexuais, antiproibicionistas, empreendedoras, pessoas vivendo com HIV/Aids, sobreviventes do sistema prisional, povos ciganos, pessoas intersexo, transidentidades, doulas e parteiras.
A lista completa com o nome de todos os grupos selecionados você encontra aqui. Ao logo das semanas iremos divulgar também um resumo explicativo sobre todas as iniciativas contempladas.