PT | EN | ES

Chamado inicialmente de Fundo Angela Borba, o primeiro fundo de investimento social voltado para mulheres no Brasil nasceu há 15 anos a partir do movimento feminista  brasileiro. Tudo começou no dia 30 de agosto de 2000, quando o CEMINA – Comunicação. Educação e Informação em Gênero, organização feminista da sociedade civil criada na década de 1980,  promoveu o Seminário Mulheres: Responsabilidade Social e Recursos Financeiros.

Participaram do evento organizações feministas e voltadas para a equidade de gênero, além de representantes de fundos internacionais como o Global Fund For Women  (EUA), Fondo Semillas (México), Tewa (Nepal), African Women Development Fund, Mama Cash (Holanda), além de organizações nacionais como o Instituto Ethos de Responsabilidade Social e o grupo SOS Corpo. O objetivo foi debater sobre os recursos direcionados aos direitos das mulheres e ao protagonismo das mulheres e meninas no Brasil.

Uma das conclusões do encontro foi a necessidade de se criar um fundo independente dedicado especificamente a doar recursos financeiros para organizações e grupos informais de mulheres no país.  Dessa demanda nasce o Fundo ELAS, lançado no dia 30 de agosto de 2000 e registrado em maio de 2011 como organização independente.

Amália Fischer, coordenadora geral do Fundo ELAS, destaca as principais conquistas desses 15 anos de atuação: "Em termos gerais, o Fundo ELAS tem impulsionado uma nova filantropia no Brasil, que é a filantropia de justiça social, e firmado parcerias com outros fundos e fundações comunitários, o que é muito importante para o país. No que diz respeito às mulheres, o Fundo ELAS não apenas mobiliza recursos mas também faz advocacy com doadores internacionais individuais e institucionais para o que o Brasil tenha mais recursos para avanços nos direitos das mulheres e das meninas.”

“Por fim, mantendo a inovação como uma de suas principais características, o Fundo ELAS tem dialogado com diferentes setores para que os recursos financeiros e as capacitações para as organizações de mulheres estejam na pauta nacional”, enfatiza Amália.