Nesse 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, o Fundo ELAS celebra o Prêmio Viva, que na última quinta-feira, dia 22, homenageou mulheres que contribuem para o enfrentamento à violência contra a mulher em 2018. O Prêmio Viva é uma parceria entre Marie Claire e o Instituto Avon para homenagear as pessoas que estão mudando a história da violência contra a mulher no país.
A noite de premiação foi um retrato da atuação do Fundo ELAS pelo fim da violência contra a mulher nos últimos 18 anos. As finalistas na categoria Sociedade Civil foram Amalia Fischer, cofundadora e coordenadora geral do Fundo ELAS, Amelinha Teles, feminista parceira do Fundo ELAS, e Sonia Nascimento, uma das fundadoras do Geledés – Instituto da Mulher Negra.
"Sonia Nascimento foi a vencedora. Quando mencionaram nossos nomes estávamos de mãos dadas as três, e Sônia não acreditava que tinha ganho. Primeiramente muito emocionada dedicou o prêmio às Promotoras Legais Populares e ao Geledés, e então à Amelinha Teles por ser sua mentora e também a mim e ao Fundo ELAS pelo apoio que temos dado. Amelinha e eu ficamos muito felizes que tenha sido uma mulher negra com a trajetória dela e sobretudo pelo contexto de ódio que existe neste momento", conta Amalia. Quem entregou o troféu foi Marinete Silva, mãe de Marielle Franco.
Amalia Fischer foi indicada ao Prêmio por sua vasta trajetória de dedicação à luta pelo fim da violência contra as mulheres. Mexicana-nicaraguense, radicada no Brasil desde 1995, Amalia é pesquisadora e ativista pelos direitos das mulheres desde 1975. Socióloga, doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ, foi professora na Universidade Nacional Autônoma do México, onde cofundou o Centro de Estudos da Mulher. Além de idealizar e cofundar o Fundo ELAS, também é cofundadora da Prospera – International Network of Women’s Funds, do Fundo de Ação Urgente para a América Latina, da Rede de Esporte pela Mudança Social e da Rede de Filantropia para Justiça Social. Ela foi uma das 350 mulheres que em julho de 1981, em Bogotá, decretaram o 25 de novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.
Sonia é advogada e uma das fundadoras do Geledés, o Instituto da Mulher Negra, uma das organizações apoiadas pelo Fundo ELAS. O Geledés liderou em São Paulo as lutas para tornar o racismo um crime e criar as cotas para pretos e pardos nas universidades.
Amelinha é fundadora da União de Mulheres de SP e encabeçou o lançamento, em 1994, do projeto Promotoras Legais Populares (PLPs). “Formamos mulheres para entender as leis, valorizar o direito, ampliá-lo e aprender o caminho de acesso à justiça. Elas se tornam multiplicadoras desses conhecimentos na família, escola, igrejas e nas comunidades”. Amelinha já formou mais de 5 mil promotoras populares para divulgar as conquistas legais obtidas pelas mulheres. O Fundo ELAS apoia grupos de Promotoras Legais Populares em todo o Brasil, desde a sua fundação em 2000.
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