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O Fundo ELAS marcou presença no X Congresso GIFE – Brasil, Democracia e Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu de 4 a 6 de abril em São Paulo. Referência sobre o tema do investimento social privado, o Congresso GIFE é um importante espaço de aprendizado, diálogo e troca entre as principais lideranças de investidores sociais do país, dirigentes de organizações da sociedade civil, acadêmicos, consultores e representantes de governos.

 
Amalia Fischer representou o Fundo ELAS no debate "O que o Investimento Social Privado pode fazer pelos direitos das mulheres". A discussão reuniu Jacira Melo (Instituto Patrícia Galvão), Renata Rodovalho (Instituto Avon), Maria Laura Canineu (Human Rights Watch) e Margareth Goldenberg (Movimento Mulher 360). 
 
Segundo Jacira Melo, “as empresas, independente de seu modelo de negócio, estão desafiadas a entrar no século 21 no que se refere aos direitos das mulheres”. A jornalista afirmou no debate que ter o setor corporativo trabalhando pelo enfrentamento à violência contra as mulheres – que somam 52% da população e mais de 40% da força de trabalho do país – com a cobrança por políticas públicas efetivas em todo território nacional fará uma enorme diferença em razão de seu poder de incidência no ambiente de debate público.
 
Margareth Goldenberg, gestora executiva do movimento Mulher 360, parceiro do Fundo ELAS, contou que a instituição trabalha no viés do empoderamento econômico de mulheres. “Quanto mais empoderada economicamente, menos vulnerável é uma mulher”, afirmou. O movimento nasceu complementarmente aos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, da sigla em inglês) promovidos pela ONU Mulheres. A entidade tem como foco três grandes públicos: os colaboradores das empresas com um trabalho pelo avanço da equidade de gênero institucional, as mulheres das comunidades nos entornos das corporações e as mulheres na cadeia de valor das empresas, ou seja, seus fornecedores. “Nossa missão é ajudar estas empresas a avançarem nestes princípios no dia a dia, de forma muito prática”, explicou.
 
Amalia Fischer destacou que o feminismo tem papel fundamental no avanço do debate sobre violência contra a mulher na linha do investimento social privado. “É muito importante neste momento que nos reconheçamos como feministas. Se por um lado as empresas têm avançado, por outro, o contexto é adverso a cada uma de nós e às empresas também”, avaliou. Ela defende o apoio das empresas às organizações feministas que lutam pelos direitos das mulheres. “Estas organizações têm um capital imaterial precioso para todas as empresas que estão aqui. É preciso abrir a mente e o coração para começar a investir em terceiros e não só em seus projetos”, opinou.
 
Amalia mencionou o exemplo do Instituto Avon, parceiro do Fundo ELAS no Fundo Fale Sem Medo, programa voltado para o fim da violência contra as mulheres. “Nós ouvimos o movimento para entender do que ele precisa e devolvemos isso a ele. Para as organiza&