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 A Associação pelos Direitos das Mulheres e o Desenvolvimento (AWID), abriu no dia 8 de setembro, quinta-feira, seu 13º Fórum Internacional, que acontece na Costa do Sauípe, Bahia, até o dia 11 de setembro. 

O Fundo ELAS marca presença nesse importante encontro em prol dos direitos das mulheres e da justiça social. Amalia Fischer, coordenadora geral do Fundo ELAS, integra a equipe organizadora do evento e participou de sessões sobre tendências do fundraising focado em direitos das mulheres e sobre a crescente importância do setor privado no empoderamento feminino.
 
O Fórum reúne 1800 feministas, defensoras de direitos humanos e ativistas de justiça social de mais de 140 países. Mais de 200 palestrantes promoverão o intercâmbio de experiências e o diálogo sobre a resistência feminista e a luta pela igualdade de gênero em diversas plenárias, conversas entre movimentos, discussões guarda-chuva e sessões.  Com o tema Futuros Feministas, o evento é um grande encontro de jovens feministas, indígenas, trabalhadoras imigrantes e refugiadas, mulheres com necessidades especiais, mulheres negras, trabalhadoras rurais, ativistas trans e intersex, ativistas lésbicas, defensores dos direitos das mulheres, trabalhadoras domésticas, trabalhadoras sexuais, etc.
 
“Este Fórum acontece durante um período particularmente complexo na história do Brasil, em um contexto de encolhimento do espaço democrático, ascensão dos fundamentalismos políticos e religiosos e de corte de políticas sociais progressistas dirigidas às comunidades mais excluídas e oprimidas”,  comenta Lydia Alpizar, diretora executiva da AWID.
 
“Quando AWID decidiu realizar o Fórum 2016 na Bahia, nos inspiramos na história da resistência e dos movimentos sociais no Brasil e nos legados de libertação que continuam a inspirar as lutas contemporâneas contra o racismo, a brutalidade do Estado e a opressão econômica. A escolha da Bahia para receber o Fórum foi um reconhecimento intencional e uma celebração da longa tradição do povo negro e das lutas locais para o alcance da justiça e libertação em todo território nacional. Agora mais do que nunca, o Brasil espelha desafios enfrentados por muitos países ao redor do mundo.  Nesse momento crítico, feministas e ativistas de todo o mundo buscam coordenar os diversos movimentos sociais para construção de solidariedade e poder coletivo em prol dos direitos e da justiça”, diz a diretora.
 
Jurema Werneck, coordenadora da ONG Criola, ativista social e integrante do Comitê Internacional de Planejamento do Fórum AWID, ao falar sobre os atuais desafios que o país enfrenta, convoca os movimentos pelos direitos das mulheres e pela justiça social a se posicionar ao lado de ativistas no Brasil. Ela afirma: “Nós precisamos de sua solidariedade no apoio a nossas lutas”.