O ELAS+ entende que, para a efetiva experiência democrática, se faz necessário garantir justiça de gênero, autonomia econômica, fortalecimento dos ativismos e a participação política das mulheres cis, trans e outras transidentidades nas diversas regiões do país.
O Brasil vivencia um cenário em que os movimentos de mulheres têm sido protagonistas no enfrentamento de emergências econômicas, políticas, climáticas e sociais. Esses grupos enfrentam desafios locais e globais urgentes, como, por exemplo, violências de gênero, desigualdade social, racismo e os impactos das mudanças climáticas. O fortalecimento da atuação é uma alternativa para tecer caminhos com participação cidadã de forma ampla, diversa, múltipla e plural.
O ELAS+ acredita que as mulheres são agentes de mudança e transformação indispensáveis para garantir a participação política de forma solidária e comprometida com a ampliação de direitos nos diferentes territórios do país e, por isso, fortalece os ativismos por meio de seu Edital Mulheres em Movimento.
A tessitura de caminhos coletivos por meio de Alianças entre os movimentos de mulheres tem se mostrado fundamental na construção de um futuro coletivo com justiça social, de gênero e climática.
Pelo quarto ano consecutivo, o ELAS+, como parte da Aliança Global por Ações Verdes e de Gênero (Global Alliance for Green and Gender Action - GAGGA), vai apoiar organizações de base lideradas por mulheres (cis e trans) que atuam pela justiça ambiental e climática em diferentes regiões do Brasil.
Lançada em 2016, a GAGGA é uma aliança que reúne o poder coletivo dos movimentos pelos direitos das mulheres, justiça de gênero, justiça ambiental e climática em mais de 40 países do Sul Global.
Desde seus primeiros editais, o ELAS+ tem apoiado grupos e organizações liderados por mulheres que atuam na defesa dos territórios e de suas comunidades e que lutam por um mundo em que os direitos das mulheres à água, à segurança alimentar e a um ambiente limpo, saudável e seguro sejam reconhecidos e respeitados.
Para o ELAS+, não existe justiça climática e ambiental sem justiça de gênero.
As mulheres são parte fundamental da proteção do meio ambiente, dos biomas e saberes tradicionais. Elas estão entre as mais afetadas e, ao mesmo tempo, são as que lideram soluções para enfrentar a emergência climática.
Essa iniciativa busca, portanto, apoiar as mulheres nas suas respostas aos desafios trazidos pelo agravamento do racismo ambiental e das ameaças e violações aos territórios indígenas e de povos tradicionais nos últimos anos, assim como o aumento de eventos climáticos extremos e desastres ambientais.