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Nesse Dia de Doar, conversamos com Amalia Fischer sobre cultura de doação e o cenário vibrante da sociedade civil no Brasil. O #DiadeDoar é uma grande campanha para promover a cultura de doação no Brasil e no mundo. Foi realizado no Brasil pela primeira vez em 2013 e sua origem é nos Estados Unidos, onde começou em 2012. Hoje é uma campanha mundial, com mais de 45 países oficialmente participantes. Lá fora, o #diadedoar tem nome de #GivingTuesday, que significa "terça-feira da doação", e é sempre realizado na primeira terça-feira depois do Dia de Ação de Graças (o Thanksgiving Day).

 
No Brasil, o #diadedoar é organizado pela parceria ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos.
 
Confira a entrevista:
 
O Brasil tem mais de 820 mil ONGs, segundo pesquisa do IPEA de 2017, que atuam por melhores condições na educação, na saúde, por igualdade no acesso a direitos, pelo respeito ao meio ambiente, entre tantas outras pautas. O país também é reconhecido internacionalmente por sua forte rede de voluntariado. Como você vê hoje esse cenário vibrante da sociedade civil?
 
O Brasil evidentemente tem uma sociedade civil vibrante, apaixonada por múltiplas causas e tem muitas instituições que são um modelo a ser seguido, que vinculam  o setor privado com algumas causas, e também as parcerias publico-privadas são importantes com relação ao investimento social privado. Tem grande envolvimento de pessoas nessas diversas causas que dão seu tempo, sua energia e sua sabedoria para melhorar o Brasil e para o próprio desenvolvimento do país. O Brasil tem sido admirado por outros países da América Latina – que é o mais conheço – tanto pelo voluntariado quanto pelas diversas causas que as organizações da sociedade civil abraçam. E há associações da sociedade civil que estão muito preocupadas com todas as questões que têm a ver com o social, a diversidade,  a pluralidade e defesa de direitos.

Apesar disso, ainda é fraca a cultura de doação no país e há muita desconfiança e descrédito das ONGs por parte de grande parte da sociedade. Como podemos enfrentar esse desafio no presente?
 
Eu acho que se se publicitasse tudo que a sociedade civil faz, e o que a s organizações fazem todos os dias – e grupos informais, o que fazem todos os dias para melhorar a vida de milhares de pessoas no Brasil, em vez de noticiar só as questões ruins, todos teríamos um sorriso nos lábios porque não perderíamos a confiança e a credibilidade nas outras pessoas. Ao contrário, a empatia, a compaixão e o amor iam aumentar, assim como a cultura de doações. Aumentaria porque as pessoas teriam maior credibilidade.
 
Claro que existem organizações que não cumprem com ética e transparência sua missão, mas é um ponto pequeno comparado com todo o maravilhosos trabalho que faz a sociedade civil brasileira. E se se dá maior visibilidade a esse trabalho magnífico e feito muitas vezes com as unhas, porque as organizações não têm recursos, além de sermos mais feliz