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Myriam Taylor é empresária, co-fundadora da Muxima Bio, ativista de Direitos Humanos e Antirracismo e nomeada pela revista Forbes umas das 100 empresárias europeias que devemos seguir. Também é parceira do Fundo ELAS no We Colloquium –  I Colóquio NÓS de Capacitação, Diversidade e Inclusão Social , realizado em maio de 2019 em Lisboa. 

O We Colloquium reuniu mulheres brasileiras e portuguesas em 3 dias de debates sobre exclusão e violência contra as mulheres, discriminação racial e de gênero e desigualdades. O Fundo ELAS coorganizou o evento e garantiu a participação de lideranças dos movimentos de mulheres do Brasil como Sueli Carneiro (Geledés), Creuza Oliveira (FENATRAD) e Guacira Oliveira (Cfemea).
Entre as participantes do evento estava Joacine Katar Moreira, primeira negra de origem africana eleita deputada pelo Parlamento português meses depois. Joacine é ativista do movimento negro, tem 37 anos e nasceu na cidade de Guiné-Bissau. É  graduada em História Moderna e Contemporânea, fez mestrado em Estudos do Desenvolvimento e doutorado em Estudos Africanos pelo Instituto Universitário de Lisboa. Entre sua atuação militante ganhou destaque por defender pautas contra o racismo, o machismo, a justiça social e questões relacionadas ao meio ambiente. 
 Amalia Fischer, a Ministra da Justiça Francisca Van Dunem e Myriam Taylor
 
Conversamos com Myriam Taylor sobre a eleição de Joacine Moreira e outras mulheres negras em Portugal, e sobre o impacto do We Colloquium e das redes internacionais de mulheres nesse cenário. Confira:
A eleição de Joacine Katar Moreira, Beatriz Gomes Dias e Romualda Fernandes para o Parlamento português, três mulheres negras com discursos centrados no combate à discriminação e à desigualdade, é motivo de celebração e de esperança. Por que precisamos de mais mulheres como elas no poder?
Minha opinião centra-se muito na questão da representatividade e da democracia mais participativa. Entendo que vivemos em sociedades plurais onde a diversidade é uma realidade, mas nós não vemos essa mesma diversidade espelhada nas várias esferas sociais. E há sempre uma distância muito grande entre os centros de decisão e centros de poder e a cidadã ou o cidadão que se beneficia – ou não – das políticas que são desenvolvidas.  E eu defendo essa narrativa de uma maior aproximação entre o poder politico e o sujeito que é objeto sobre quem as políticas incidem.
Qual é a importância de construirmos alianças internacionais para fortalecer as mulheres globalmente?

Obviamente que a única solução possível será através da criação de uma rede, por int