ELAS+ na Justiça Climática, Territórios e Cidades

ONDE APOIAMOS

As organizações apoiadas pelo ELAS+ trabalham em diversas intersecções. Suas ações frequentemente cobrem aspectos chave de mitigação, adaptação e da luta por reparação por perdas e danos.

Suas ações também conectam soberania alimentar, defesa de territórios, educação, cultura e despoluição de rios, com soluções baseadas na natureza e no território onde habitam.

Os grupos apoiados são liderados por mulheres indígenas, negras, quilombolas, de diversos povos tradicionais, defensoras do ambiente e de seus territórios. Elas enfrentam o racismo ambiental, a destruição das florestas e os eventos climáticos extremos. Estão presentes em todos os biomas, desde as florestas, até às cidades.

O Mulheres em Movimento, maior programa do ELAS+, se destina a conectar os movimentos apoiando grupos de mulheres cis, trans e de outras transidentidades que lutam por mudanças sociais. Das 117 iniciativas apoiadas em 2022, mais de 30 tinham foco na justiça ambiental e climática com uma perspectiva de gênero.

MULHERES EM MOVIMENTO 2022
+30 grupos apoiados em justiça
climática e gênero
USD +250,000
2022
+40 grupos indígenas apoiados
USD +280,000
2022/2023
7 grupos apoiados com suporte emergencial
USD +37,000

ALGUMAS HISTÓRIAS

CARANGUEJO TABAIARES RESISTE!

Recife, Pernambuco, Brasil.

Localizada em um dos maiores manguezais urbanos da América Latina, em uma das maiores cidades do nordeste brasileiro, a comunidade vem sofrendo com o crescimento da área urbana e enfrentado impactos diretos da retirada de parte do manguezal, como as frequentes enchentes, poluição dos rios e a diminuição de peixes e crustáceos. O grupo trabalha para fortalecer a comunidade, especialmente com a participação de mulheres negras em defesa da justiça socioambiental e do bem viver, na luta pelo saneamento básico, pela moradia digna, na defesa do mangue, criando camarões e peixes, e na produção de hortas agroecológicas.

LESBITRANS

Altamira, Pará, Brasil.

O Coletivo Amazônico LesBiTrans é a primeira organização da sociedade civil de Altamira a atuar exclusivamente na pauta de justiça climática e pessoas LGBTQIA+. Desde a sua fundação, denuncia a construção da maior hidrelétrica completamente brasileira, que trouxe grande contingente de homens desconectados de suas comunidades e famílias para a região, gerando aumento da violência de gênero. Além de causar o deslocamento forçado de cerca de 20 mil pessoas, a construção de conjuntos habitacionais em áreas degradadas, com solos inadequados e sem formações florestais, fragmentou os territórios e intensificou a vulnerabilidade climática. O acesso à água potável, a defesa da terra, dos rios e das ilhas, o combate às violências de gênero e à LGBTfobia, e a justiça socioambiental são suas principais reivindicações.

KUIÃ ATÃ

Ilhéus, Bahia, Brasil.

Kuîã Atã significa “Mulheres Fortes” e dá nome ao Grupo de Mulheres Indígenas Tupinambá do Acuípe de Baixo. Foi criado com o objetivo de promover organização e incidência política das mulheres no enfrentamento às violências territoriais e de gênero. São agricultoras e artesãs cujo bem viver se relaciona com práticas de cuidados comunitários e interdependentes com a Mata Atlântica, bioma mais devastado do Brasil, que já perdeu quase 90% de sua cobertura original e onde vive a maior parte da população nacional. Está articulado com outros grupos de mulheres indígenas no Brasil, e tem levado a reivindicação para outras escalas de discussões, participando de Fóruns e Redes internacionais.